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sexta-feira, 7 de abril de 2023

Uma sensualidade absoluta e fervorosa - D. H. Lawrence


"Como os poetas e todos os outros eram mentirosos! Faziam as pessoas pensarem que queriam sentimentalismo quando na verdade o que se queria era uma sensualidade penetrante, arrebatadora e até um pouco intimidadora. Encontrar um homem que ousava tê-la, sem sentir vergonha ou sem pensar em pecados ou ter qualquer ressalva! Se ele tivesse sentido vergonha depois e a fizesse se sentir da mesma forma, como seria terrível! Que pena que a maioria dos homens são uns cães desprezíveis dominados pela vergonha, como Cliford! Até como Michaelis! Ambos eram sensualmente desprezíveis e vergonhosos, O prazer supremo da mente! E o que era isso, para a mulher? E o que era, na verdade, para o homem também? Ele se tornava simplesmente confuso e desprezível, até na própria mente. Era preciso uma sensualidade absoluta para purificar e acelerar a mente. Uma sensualidade absoluta e fervorosa, não uma confusão.

(In. O amante de lady Chatterley. Rio de Janeiro: Antofágica: 2022, p. 383).

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