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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

The Melting Men - Nele Azavedo

 A artista plástica Néle Azevedo nos fala de suas intervenções efêmeras, "monumentos mínimos em gelo", que derretem ao redor do mundo:
"Há um longo tempo trabalho com intervenções efêmeras nos espaços urbanos, construindo Monumentos Mínimos em gelo que, além de pequenos, desaparecem. Milhares de esculturas derreteram nas praças de dezessete cidades pelo mundo, atraindo a atenção daqueles que passavam pelo local, promovendo uma suspensão do seu trajeto quotidiano.
Em uma ação de poucos minutos, o Monumento Mínimo inverte conceitualmente, os cânones oficiais do registro da memória em monumentos públicos, propondo uma escala mínima, um homenageado sem rosto que se senta ao chão e desaparece – um monumento para o esquecimento. Ele realiza uma apreensão concreta, poética e política do espaço, do corpo na cidade e do monumento no espaço coletivo.
Mesmo fazendo-o muitas vezes algo me escapa, é intangível. O gelo derrete num tempo cronológico, mas a experiência do derretimento suspende o tempo linear e nestes momentos só existe o movimento de desaparição. Ao final, as escadas molhadas (porque sempre são colocadas em escadas nas cidades), parece que foi um sonho distante que preciso alcançar para compreender.
A proposta é que o visitante experimente o derretimento, sem nenhuma intermediação de fotos ou vídeos. O gelo derrete em um tempo cronológico, mas ele acentua uma metáfora de outro tempo: o tempo de duração espacial vivida através do corpo. Ele propõe a experiência do tempo como duração". -
Nele Azevedo é mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista – UNESP em 2003, Bacharel em Artes Plásticas pela Faculdade Santa Marcelina em 1997. Em 1998 inicia sua carreira com uma instalação de esculturas em ferro no Centro Cultural dos Correios – RJ e ganha o prêmio aquisição no Salão de Arte Contemporânea de Santo André-SP. Em 2002 recebeu o prêmio viagem ao Japão pelo Salão Bunkyo com um trabalho de instalação de esculturas em acrílico. No final de 2001 dá início às intervenções no espaço urbano com o Projeto Monumento Mínimo tendo como eixo de discussão os monumentos públicos nas metrópoles contemporâneas como Brasília, Salvador, Curitiba, São Paulo, Havana -Cuba, Tóquio e Kyoto- Japão, Paris-França, Braunschweig-Alemanha, Porto–Portugal, Florença-Itália, Berlin-Alemanha e Stavanger-Noruega. Essas intervenções ficaram mundialmente conhecidas como “melting men” ou “army of melting men”.

É urgente o amor - Eugênio de Andrade

É urgente o amor
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras
ódio, solidão e crueldade
alguns lamentos
muitas espadas.

É urgente inventar alegria
multiplicar os beijos, as searas
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Apenas uma garotinha - Cássia Eller

Cássia Eller veio ao mundo na tarde quente e abafada de 10 de dezembro de 1962. Os termômetros do Rio de Janeiro marcavam 32 graus, mas a falta de vento tornava a sensação de calor ainda mais sufocante. A cidade fervia como panela de pressão quando Nanci, sentindo contrações, alertou o marido que havia chegado a hora.
(...) A primeira dos cinco filhos do casal veio ao mundo 367 dias depois de uma concorrida cerimônia de casamento realizada em Belo Horizonte. Foram três horas de missa totalmente rezada em latim. Se alguém entendeu tudo o que o padre disse, não se sabe ao certo. mas quem presenciou o evento comenta que foi um belo espetáculo. O dia 8 de dezembro de 1961 sacramentou a união de Nanci Ribeiro, então com dezoito anos, com o oficial pára-quedista do Exército, Altair Eller, então com 26.
(...) Cássia era uma criança muito esperta e ativa. Com menos de um ano, já pronunciava as primeiras palavras e não mais usava fralda. Nanci aproveitou que a menina jamais fazia xixi à noite para educá-la, assim que passou a ter firmeza suficiente para se sentar, a usar o "troninho".
(...) Não deu nenhum trabalho no campo de cuidados pessoais enquanto bebê. Em compensação, não deixou barato no quesito comportamento. "Uma capeta", é como costumavam se referir a ela a mãe e a irmã mais nova. Seu lado sapeca deu as caras logo nos primeiros meses de vida. Incomodada pela presença dos enfeites, exterminou um a um os adornos das roupas que a mãe colocava nela. Mesmo muito pequena, ainda sem coordenação motora suficiente, arrancava todos os lacinhos dos vestidos. Nenhum ornamento resistiu. Ali já se manifestava a total falta de vaidade que ela carregou pela vida afora.
(...) Com o mesmo vigor que aterrorizava as irmãs, Cássia as protegia de qualquer um que mexesse com elas - da infância à idade adulta.
(...) Ela podia ser arteira, mas sempre assumiu tudo o que fez. Se aprontava alguma e os mais velhos perguntavam quem era a dona da arte, ela nem pestanejava. Assumia na hora, conta a avó Geralda, figura por quem Cássia tinha verdadeira adoração.
(...) Junto com uma incorrigível timidez diante de estranhos, o jeito alegre, debochado e brincalhão de Cássia perante amigos e parentes sempre foi seu traço de personalidade mais marcante. Era uma moleca: avessa às responsabilidades, só se sentia bem brincando. Amada pelas crianças, brincava com elas de igual para igual mesmo depois de adulta, como se tivesse a mesma idade. E espiritualmente, tinha mesmo. Foi sempre uma garotinha.
Com a companheira, Eugênia, e o filho, "Chicão"
As brincadeiras favoritas da infância eram futebol, brincar de carrinho de rolemã e jogar bolinha de gude. Agarrada ao pai, sempre que podia ia ao quartel. Ninguém se lembra de tê-la visto, nem uma vez sequer, brincando com as várias bonecas que ganhou quando era pequena. Um tratamento de saúde que fragilizava os ossos, um jeito ligeiramente estabanado e o tipo de diversão que tinha renderam a ela uma pequena coleção de contusões e fraturas ao longo da infância, a ponto de ser motivo de comemoração, junto da mãe, quando ficava três meses sem ter de botar uma faixa ou gesso.
Sua verdadeira paixão eram os instrumentos musicais de plástico da marca Hering (...). Cássia teve vários. Era capaz de passar o dia todo com eles. Mas, como criança, não conseguia mantê-los inteiros. Cansada de ver tudo destruído, Nanci decidiu jogar os instrumentos fora e parar de comprá-los.
Cássia com Chicão
A pequena improvisou: criou uma bateria e um banjo com latas de marmelada, linha de pesca e caixinhas de uva. O coração da mãe não resistiu à cena, e os Herings voltaram.
No aniversário de onze anos, ganhou o primeiro instrumento de verdade, uma marimba, dada pela tia Fifi, irmã de Nanci. ASprendeu a tocar as primeiras notas acompanhando as cifras das músicas que vinham com o instrumento. O passo seguinte foi tirar, de ouvido, as canções que ouvia nos discos da mãe: Altemar Dutra, Roberto Carlos, Dolores Duran, Elizete Cardoso, Dalva de Oliveira. Mais tarde, já na vida adulta, Cássia divertiria os amigos cantando - com direito a hilárias performances - os sucessos na que a embalaram na infância e na adolescência. Se a música e o cantor fossem bregas, melhor ainda.
(In: A história de Cássia Eller. Apenas uma garotinha. São Paulo: Planeta, 2005, p.49-65).

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Trecho do livro Paranóia - Renata Udler Cromberg

Nau dos insensatos, Bosch
"Quando jogamos no chão um cristal, ele se quebra, mas não caprichosamente; rompe-se conforme as suas linhas de fratura, em pedaços cuja delimitação, ainda que invisível, estava predeterminada pela estrutura do cristal. Também os doentes mentais são como estruturas rompidas. Não podemos negar-lhes algo daquele horror respeitoso que os povos antigos testemunham aos loucos. Afastaram-se da realidade exterior mas, precisamente por isso, sabem mais da realidade psíquica interior e podem descobrir-nos coisas que de outro modo seriam inacessíveis a nós" .
(Sigmund Freud sendo citado por Renata Udler Cromberg no livro: Paranóia. 3 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006, p. 36-7).

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Trecho do livro Paranóia - Renata Udler Cromberg

"Para o psicanalista, diante deste modelo classificatório, que é o padrão oficial atual da psiquiatria brasileira, impõe-se a pergunta sobre qual o lugar do sujeito do desejo nesta nova concepção da mente que parecia criar como única verdade possível ao sujeito, "os humores contidos nas entranhas do neurônio". O aparelho psíquico não é uma realidade biológica, neuronal e cerebral. O desejo que está no cerne do humano e das suas produções psíquicas e espirituais subverte a hegemonia da condição biológica humana, que colocaria o homem como mero efeito da regulação de uma engrenagem maquinária, subvertendo o tempo cronológico dos ritmos biológicos pelas novas relações temporais que torna possível, entre passado e futuro, e que aparecem, por exemplo, em manifestações psíquicas como o sonho. Assim, o que define o diagnóstico em psicanálise não é a conduta, mas a posição subjetiva diante do sintoma. Um sintoma tem um sentido que é independente das vicissitudes do organismo" .
(Renata Udler Cromberg. A paranóia.  3 ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006, p.27).

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O livro do Desassossego - Trecho 429

Em todos os lugares da vida, em todas as situações e vivências, eu fui sempre, para todos, um intruso. Pelo menos, fui sempre um estranho. No meio de parentes, como no de conhecidos, fui sempre sentido como alguém de fora. Não digo que o fui, uma vez só sequer, de caso pensado. Mas fui-o sempre por uma atitude espontânea da média dos temperamentos alheios.
Fui sempre, em toda a parte e por todos, tratado com simpatia. A pouquíssimos, creio, terá tão pouca gente erguido a voz, ou franzido a testa, ou falado alto ou de terça. Mas a simpatia, com que sempre me trataram, foi sempre isenta de afeição. Para os mais naturalmente íntimos fui sempre um hóspede, que, por ser hóspede, é bem tratado, mas sempre com a atenção devida ao estranho, e a falta de afeição merecida pelo intruso.
Não duvido que tudo isto, de atitude dos outros, derive principalmente de qualquer obscura causa intrínseca ao meu próprio temperamento. Sou porventura de uma frieza comunicativa, que involuntariamente obriga os outros a reflectirem o meu modo de pouco sentir.
Travo, por índole, rapidamente conhecimentos. Tardam-me pouco as simpatias dos outros. Mas as afeições nunca chegaram. Dedicações nunca as conheci. Amarem, foi coisa que sempre me pareceu impossível, como um estranho tratar-me por tu.
Não sei se sofra com isto, se o aceite como um destino indiferente, em que não há nem que sofrer nem que aceitar.
Desejei sempre agradar. Doeu-me sempre que fossem indiferentes. Órfão da Fortuna, tenho, como todos os órfãos, a necessidade de ser o objeto de afeição de alguém. Passei sempre fome da realização dessa necessidade. Tanto me adaptei a essa fome inevitável que, por vezes, nem sei se sinto a necessidade de comer.
Com isto ou sem isto a vida dói-me.
Os outros têm que se lhes dedique. Eu nunca tive quem sequer pensase em que se me dedicar. Servem os outros: a mim tratam-me bem.
Reconheço em mim a capacidade de provocar respeito, mas não afeição. Infelizmente não tenho feito nmada com que justifique a si próprio esse respeito começado quem o sinta; de modo que nunca chegam a respeitar-me deveras.
Julgo que as vezes eu gozo sofrer. Mas na verdade eu preferiria outra coisa.
Não tenho qualidades de chefe, nem de sequaz. Nem seuqer as tenho de satisfeito, que são as qyue valem quando essas outras faltem.
Outros, menos inteligentes que eu, são mais fortes.
Talham melhor a sua vida entre gente; administram mais habilmente a sua inteligência. Tenho todas as qualidades para influir, menos a arte de o fazer, ou a vontade, mesmo, de o desejar.
Se um dia amasse, não seria amado.
Basta eu querer uma coisa para ela morrer. O meu destino, porém, não tem a força de ser mortal para qualquer coisa. Tem a fraqueza de ser mortal nas coisas para mim.
(Bernardo Soares (Fernando Pessoa). O livro do desassossego.São Paulo: Schwarcz, 2010 [1914], p.391-2).

Trecho do "Filme do Desassossego" (2010):

O Sangue dos outros - Simone de Beauvoir (trecho)

Uma homenagem ao aniversário de Simone de Beauvoir (09/01/1908 - 14/04/1986)
"Se eu pelo menos me dedicar a defender o bem supremo...a Liberdade - então minha paixão não terá sido vã. Você não me deu a paz. Mas para que eu desejaria a paz? Você me deu a coragem de aceitar para sempre o risco e a agonia, de carregar nas costas meus crimes e minha culpa, que vão me dilacerar eternamente. Não há outro modo"

sábado, 7 de janeiro de 2012

Histórias de Arthur Bispo do Rosário

"Até o Natal de 1938, quando Bispo extrapolou o senso comum, suas epifanias passavam despercebidas. Ele levava uma vida prosaica e só se excedia nas manifestações de humildade. Um dia, ao ver o Dr. Humberto na sala, cigarro aceso, sem cinzeiro por perto, juntou as duas mãos grossas em forma de concha e não hesitou:
- Pode jogar as cinzas.
- Não Bispo, pega o cinzeiro ali para mim, por favor - retrucou Humberto, desconcertado.
- Pode jogar, minha mão é o seu cinzeiro - insistiu Bispo, de vigília, até o fim do cigarro" (p.49).

"[Bispo] defendia a família [que o abrigava] com zelo de patriarca. Sentava ao pé da cama de Belinha, olho esbugalhado, sem fresta ao cansaço. Ali permanecia até alta madrugada, se necessário, corpo em vigília.
Belinha estava grávida, ele a protegia. Quando ela deu à luz a menina Margareth, certa noite uma passagem causou espanto. A mãe entrou no quarto do bebê e encontrou Bispo ao lado do berço, assustado, às voltas com assombrações.
- O que  foi, Bispo?
- Acabei de ver o seu pai aqui, ele veio ver a neta.
Belinha sorriu, afinal, seu pai estava morto. De qualquer forma, perguntou pelo fantasma. Bispo descreveu-o em detalhes, feições, medidas, sem nunca tê-lo visto, sequer em fotografia. Ao final, elogiou o terno azul-marinho que ele vestia.
A mulher de Humberto arrepiou-se. Seu pai havia sido enterrado com esta roupa e, em vida, era o seu traje predileto. Na dúvida, Belinha remexeu o armário do quarto à procura de fotos antigas, já que não tinha o hábito de expor recordações em porta-retratos (...). Ao encontrar um antigo retrato do pai, cercado por colegas da juventude, perguntou:
- Qual deles esteve aqui?
- Este - respondeu Bispo, certeiro.
Sem hesitar, pôs o dedo no rosto do pai de Belinha, o da imagem " (p.55).

(In: Arthur Bispo do Rosário - O senhor do labirinto. Luciana Hidalgo. Rio de Janeiro: Rocco, 2011 [1996]).

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Esta velha angústia - Álvaro de Campos

Esta velha angústia,
Esta angústia que trago há séculos em mim,
Transbordou da vasilha,
Em lágrimas, em grandes imaginações,
Em sonhos em estilo de pesadelo sem terror,
Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum.

Transbordou.
Mal sei como conduzir-me na vida
Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma!
Se ao menos endoidecesse deveras!
Mas não: é este estar entre,
Este quase,
Este poder ser que...,
Isto.

Um internado num manicômio é, ao menos, alguém,
Eu sou um internado num manicômio sem manicômio.
Estou doido a frio,
Estou lúcido e louco,
Estou alheio a tudo e igual a todos:
Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura
Porque não são sonhos.
Estou assim...

Pobre velha casa da minha infância perdida!
Quem te diria que eu me desacolhesse tanto!
Que é do teu menino? Está maluco.
Que é de quem dormia sossegado sob o teu teto provinciano?
Está maluco.
Quem de quem fui? Está maluco. Hoje é quem eu sou.

Se ao menos eu tivesse uma religião qualquer!
Por exemplo, por aquele manipanso
Que havia em casa, lá nessa, trazido de África.
Era feiíssimo, era grotesco,
Mas havia nele a divindade de tudo em que se crê.
Se eu pudesse crer num manipanso qualquer -
Júpiter, Jeová, a Humanidade -
Qualquer serviria,
Pois o que é tudo senão o que pensamos de tudo?

Estala, coração de vidro pintado!
 

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Se estou só, quero não estar - Fernando Pessoa

"Se estou só, quero não estar,
Se não estou, quero estar só,
Enfim, quero sempre estar
Da maneira que não estou.

Ser feliz é ser aquele.
E aquele não é feliz,
Porque pensa dentro dele
E não dentro do que eu quis.

A gente faz o que quer
Daquilo que não é nada,
Mas falha se o não fizer,
Fica perdido na estrada".

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Cinema Paradiso (1988)

Cinema Paradiso (no original Nuovo Cinema Paradiso) é um filme italiano de 1988, do gênero drama, escrito e dirigido por Giuseppe Tornatore.
Salvatore Di Vita é um cineasta bem-sucedido que vive em Roma. Um dia ele recebe um telefonema de sua mãe avisando que Alfredo está morto. A menção deste nome nome traz lembranças de sua infância e, principalmente, do Cinema Paradiso, para onde Salvatore, então chamado de Totó, fugia sempre que podia, depois que terminava a missa (ele era coroinha). No começo, ele costumava espreitar as projeções através das cortinas do cinema, que o padre via primeiro para censurar as imagens que possuíam beijos, e fazia companhia a Alfredo, o projecionista.[1] Foi ali que Totó aprendeu a amar o cinema.
Após um caso de amor frustrado com Elena, a filha do banqueiro da cidade, Totó deixa a cidade e vai para Roma, retornando somente trinta anos depois, por causa da morte de Alfredo. Ao final, o Novo Cinema Paradiso, já abandonado, acaba demolido pela prefeitura para construir um estacionamento. Voltando para Roma Totó assiste a uma fita com todas as imagens de beijo que o padre da cidade havia censurado.
Cena do filme:

The red shoes (1948) - trecho

"A impressão de simplicidade só pode ser conseguida com a agonia do corpo e do espírito".

Trailer do filme:

Possessed (1931) - trecho

"Não importa o que façam comigo (...). Se eu ganhar, será com você. Se eu perder, será com você".
Trecho do filme: