"Desespero", de Edward Munch Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém. Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível: com ele se entretém e se julga intangível. Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu, sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito, que o respirar de um só, mesmo que seja o meu, não pesa num total que tende para infinito. Eu sei que as dimensões impiedosas da Vida ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo, nesta insignificância, gratuita e desvalida, Universo sou eu, com nebulosas e tudo. Mais poemas no blog: http://leaoramos.blogspot.com/ |
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sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém - Antônio Gedeão
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