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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Discurso final de "O grande ditador" - Chaplin

Em homenagem ao 122* aniversário de Chaplin...
Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar todos, se possível, judeus, gentios… negros… brancos.Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo, não para o seu infortúnio. Por que temos de nos odiar e desprezar uns aos outros?
Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, desviamo-nos dele. A cobiça envenenou a alma dos homens… levantou no mundo as muralhas do ódio… e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios.
Criamos a época da produção veloz, mas sentimo-nos enclausurados dentro dela.
A máquina, que produz em grande escala, tem provocado a escassez. Os nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; a nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura! Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido.
 

O jovem Freud escreve para sua amada...Martha

"Você crê em presságios? Como aprendi que ver pela primeira vez uma menina sentada a uma longa mesa bem conhecida e falando de modo tão inteligente enquanto descascava uma maçã com seus dedos delicados podia desconcertar-me de forma tão duradoura, realmente me tornei muito supersticioso" (26/06/1885).
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"A solução para o quebra-cabeças é a seguinte: apenas dentro da lógica as contradições são incapazes de coexistir; nos sentimentos, elas prosseguem contentes lado a lado. Argumentar como Fritz é negar metade da vida" (08/07/1882).
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"Haveria um prejuízo horrível para nós ambos se eu osse forçado a decidir amar você como uma namorada querida, porém não como uma igual, alguém de quem eu tivesse que ocultar meus pensamentos e opiniões - em resumo, a verdade"(25/09/1882).
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"Você (...) escreve de modo tão inteligente e certeiro que eu tenho um pouco de medo de você. Acho que tudo leva a mostrar, mais uma vez, como as mulheres rapidamente passam à frente dos homens. Bom, não vou perder nada com isso" (06/10/1883).
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"Vamos servir de modelo para as gerações futuras de amantes, e apenas porque tivemos a coragem de gostarmos um do outro sem pedir permissão a ninguém. (...) Somos como as pessoas que andam na corda bamba ou sobem em mastros e que recebem aplausos de qualquer público, ainda que o mesmo público ficasse muito triste caso visse seus filhos ou filhas fazendo a mesma coisa em vez de usar uma escada ou permanecer confortavelmente embaixo" (06/01/1886).
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"Não se deve ser mesquinho com o afeto; o que se gasta das reservas é renovado pelo próprio ato de gastar" (18/08/1882).
(In: As mulheres de Freud. Lisa Appignanesi & John Forrester. São Paulo: Record, 2010. p.67-84).

segunda-feira, 11 de abril de 2011

La vie en rose - Edith Piaf (tradução)

Olhos que fazem baixar os meus
Um riso que se perde em sua boca
Ai está o retrato sem retoque
Do Homem a quem eu pertenço
Quando ele me toma em seus braços
ele me fala baixinho
Vejo a vida cor-de-rosa
Ele me diz palavras de amor
Palavras de todos os dias
E isso me toca
Entrou no meu coração
Um pouco de felicidade
Da qual eu conheço a causa
É ele pra mim,eu pra ele na vida,
Ele me disse, jurou pela vida.
E assim que eu o vejo
Então sinto em mim
Meu coração que bate
Noites de amor que não acabam mais
Uma grande felicidade que toma seu lugar
Os aborrecimentos e as tristezas se apagam
Feliz, feliz até morrer
Download da música disponível no link:

domingo, 10 de abril de 2011

Michel Foucault: Filosofía y Psicología (1965) 3/3

Michel Foucault: Filosofía y Psicología (1965) 2/3

Michel Foucault: Filosofía y Psicología (1965) 1/3

Jacques Lacan - reinventar el psicoanalisis PARTE 7

Jacques Lacan - reinventar el psicoanalisis PARTE 6

Jacques Lacan - reinventar el psicoanalisis PARTE 5

Jacques Lacan - reinventar el psicoanalisis PARTE 4

Jacques Lacan - reinventar el psicoanalisis PARTE 3

Jacques Lacan - reinventar el psicoanalisis PARTE 2

Jacques Lacan - reinventar el psicoanalisis PARTE 1

sábado, 9 de abril de 2011

Taare zameen par - Como estrelas na terra

"A cada dia basta o seu fardo".
Winnicott citando o "Evangelho segundo Mateus",
no livro Natureza Humana.
"Cada criança tem capacidades e habilidades únicas.
Mas não, todos preferem apontar o dedo e julgar (...).
Nessa corrida desesperada alimentam cavalos de competição, não crianças.
Forçar crianças a carregar o fardo de suas ambições é pior que trabalho infantil.
E se a criança não puder carregar o fardo?".
*
"Estagnação traz tristeza,
o frescor traz alegria,
como aroma de um pão saindo do forno".
"Seu potencial é infinito como o céu".
*
"Você encontrará o seu propósito onde encontrar felicidade".

Trailer do filme:

Letra de uma das músicas do filme (traduzida):

As confissões de Auschwitz - Elisabeth Roudinesco

"No genocídio, não é simplesmente o outro que se busca aniquilar, mas seu genos".
O crime de Auschwitz pretendia efetivamente domesticar a seleção natural das espécies, a ponto de substituí-la por uma ciência da raça fundada numa suposta redefinição biológica da humanidade. Como consequência disso, os nazistas haviam se arrogado o direito de decidir quem devia ou não habitar o planeta Terra. Da mesma forma, o mal radical era fruto de um sistema que repousava na idéia de que o homem, enquanto tal, podia ser julgado supérfluo. (...)
Esta é a singularidade de Auschiwitz, diferente de todos os grandes atos de barbárie do século XX - a Kolyma (o gúlag) ou Hiroshima. O nazismo inventou efetivamente um modo de criminalidade que perverte não apenas a razão de Estado, como, mais ainda, a própria pulsão criminal, uma vez que, em tal configuração, o crime é cometido em nome de uma norma racionalizada e não enquanto expressão de uma transgressão ou de uma norma não domesticada. (...).
Convinha então nomear essa singularidade. E eis por que a corte do Tribunal de Nuremberg, que veioa julgar quatro tipos de crimes - crimes contra a paz, de guerra, contra a humanidade, e plano premeditado de cometer um desses três crimes -, adotou o termo genocídio.

O nazismo mostra como um Estado, trabalhando em sentido contrário aos ideais do Iluminismo, pôde perverter-se a ponto de chegar, ao cabo de um confinamento no mal radical, a instrumentalizar a ciência com fins de destruir a própria humanidade. Igualmente, trouxe à tona, a fim de melhor dominá-la, a parte subterrâmea e recalcada de um real dos instintos, dos corpos e das paixões que a civilização não cessara de combater. Sistema perverso, o nazismo terá tido como objetivo eliminar o que ele apontava como um povo de perversos, e, em meio a esse povo, os judeus, julgados mais perversos que os demais.
Nesse aspecto, seu principal representante - o Fuhrer - não foi nada mais, como Kershaw bem assinalou, que uma criatura vazia e inconsistente, cujo único "afrodisíaco" foi exercer um poder sobre os seus próximos, sobre as massas e sobre a Alemanha (...).

Se os místicos haviam alimentado a fantasia de aniquilar o corpo para oferecer a Deus o espetáculo de uma subjugação libertadora, se os libertinos e Sade tinham, contra Deus, promovido o corpo como único lugar do gozo e, por fim, se os sexólogos haviam se inclinado a domesticar seus prazeres e seus furores criando um "catálogo das perversões", os nazistas vieram a levar quase ao seu termo uma espécie de matamorfose estatizada das múltiplas figuras da perversão. Em ssuma, fizeram da ciência o instrumento de um gozo do mal que, escapando a toda representação do sublime e do abjeto, do lícito e do ilícito, permitiu-lhes designar a coletividade dos homens - isto é, a espécie humana - como um povo de perversos a ser reduzido a dejetos contabilizáveis e coisificados: carnes, ligamentos, músculos, ossos, mãos, pele, dentes, olhos, órgãos, pêlos, cabelos.
Compreendemos então por que Adorno se perguntou - com certeza equivocadamente - se era possível "pensar depois de Auschwitz", de tal maneira que a crença numa reconciliação entre a razão e sua parte maldita arriscava-se, mais uma vez, a fracassar.

(In: A parte obscura de nós mesmos. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. p.130-162).

Mais trechos do livro de Roudinesco disponível em:


sexta-feira, 8 de abril de 2011

O que é a verdade? - Nietzsche

"Que é então a verdade? Um exército móvel de metáforas, de metonímias, de antropomorfismos; em resumo, uma soma de relações humanas que foram poética e retoricamente intensificadas, transportadas e adornadas e que, depois de um longo uso, parecem a um povo fixas, canônicas e vinculativas: as verdades são ilusões que foram esquecidas enquanto tais, metáforas que foram gastas e que ficaram esvaziadas do seu sentido, moedas que perderam o seu cunho e que agora são consideradas não mais como moedas, mas como metal".

Foucault adorou isso.....eu também....

Repostagem de um belo blog, Eclipse Mental. Visitem: