A artista plástica Néle Azevedo nos fala de suas intervenções efêmeras, "monumentos mínimos em gelo", que derretem ao redor do mundo:
"Há um longo tempo trabalho com intervenções efêmeras nos espaços urbanos, construindo Monumentos Mínimos em gelo que, além de pequenos, desaparecem. Milhares de esculturas derreteram nas praças de dezessete cidades pelo mundo, atraindo a atenção daqueles que passavam pelo local, promovendo uma suspensão do seu trajeto quotidiano.
"Há um longo tempo trabalho com intervenções efêmeras nos espaços urbanos, construindo Monumentos Mínimos em gelo que, além de pequenos, desaparecem. Milhares de esculturas derreteram nas praças de dezessete cidades pelo mundo, atraindo a atenção daqueles que passavam pelo local, promovendo uma suspensão do seu trajeto quotidiano.
Em uma ação de poucos minutos, o Monumento Mínimo inverte conceitualmente, os cânones oficiais do registro da memória em monumentos públicos, propondo uma escala mínima, um homenageado sem rosto que se senta ao chão e desaparece – um monumento para o esquecimento. Ele realiza uma apreensão concreta, poética e política do espaço, do corpo na cidade e do monumento no espaço coletivo.
Mesmo fazendo-o muitas vezes algo me escapa, é intangível. O gelo derrete num tempo cronológico, mas a experiência do derretimento suspende o tempo linear e nestes momentos só existe o movimento de desaparição. Ao final, as escadas molhadas (porque sempre são colocadas em escadas nas cidades), parece que foi um sonho distante que preciso alcançar para compreender.
Mesmo fazendo-o muitas vezes algo me escapa, é intangível. O gelo derrete num tempo cronológico, mas a experiência do derretimento suspende o tempo linear e nestes momentos só existe o movimento de desaparição. Ao final, as escadas molhadas (porque sempre são colocadas em escadas nas cidades), parece que foi um sonho distante que preciso alcançar para compreender.
A proposta é que o visitante experimente o derretimento, sem nenhuma intermediação de fotos ou vídeos. O gelo derrete em um tempo cronológico, mas ele acentua uma metáfora de outro tempo: o tempo de duração espacial vivida através do corpo. Ele propõe a experiência do tempo como duração". -
Nele Azevedo é mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista – UNESP em 2003, Bacharel em Artes Plásticas pela Faculdade Santa Marcelina em 1997. Em 1998 inicia sua carreira com uma instalação de esculturas em ferro no Centro Cultural dos Correios – RJ e ganha o prêmio aquisição no Salão de Arte Contemporânea de Santo André-SP. Em 2002 recebeu o prêmio viagem ao Japão pelo Salão Bunkyo com um trabalho de instalação de esculturas em acrílico. No final de 2001 dá início às intervenções no espaço urbano com o Projeto Monumento Mínimo tendo como eixo de discussão os monumentos públicos nas metrópoles contemporâneas como Brasília, Salvador, Curitiba, São Paulo, Havana -Cuba, Tóquio e Kyoto- Japão, Paris-França, Braunschweig-Alemanha, Porto–Portugal, Florença-Itália, Berlin-Alemanha e Stavanger-Noruega. Essas intervenções ficaram mundialmente conhecidas como “melting men” ou “army of melting men”.
Nele Azevedo é mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista – UNESP em 2003, Bacharel em Artes Plásticas pela Faculdade Santa Marcelina em 1997. Em 1998 inicia sua carreira com uma instalação de esculturas em ferro no Centro Cultural dos Correios – RJ e ganha o prêmio aquisição no Salão de Arte Contemporânea de Santo André-SP. Em 2002 recebeu o prêmio viagem ao Japão pelo Salão Bunkyo com um trabalho de instalação de esculturas em acrílico. No final de 2001 dá início às intervenções no espaço urbano com o Projeto Monumento Mínimo tendo como eixo de discussão os monumentos públicos nas metrópoles contemporâneas como Brasília, Salvador, Curitiba, São Paulo, Havana -Cuba, Tóquio e Kyoto- Japão, Paris-França, Braunschweig-Alemanha, Porto–Portugal, Florença-Itália, Berlin-Alemanha e Stavanger-Noruega. Essas intervenções ficaram mundialmente conhecidas como “melting men” ou “army of melting men”.