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domingo, 3 de abril de 2011

Al di lá - Emilio Pericoli (tradução)

Romeu & Julieta - Rodin


Não acreditava possível se pudessem dizer, estas palavras:
Além do bem mais precioso,estás tu.
Além do sonho mais ambicioso,estás tu.
Além das coisas mais belas,
além das estrelas, estás tu,além, estás tu, para mim,
para mim, somente para mim.
Além do mar mais profundo, estás tu.
Além dos limites do mundo, estás tu.
Além do horizonte, além da vida,
estás tu, além, estás tu para mim.


Download da música disponível no link:
http://www.4shared.com/audio/W_8Q9rlD/093_-_Emilio_Pericoli_-_Al_di_.htm

Freud e a perversão - Elisabeth Roudinesco

Freud nunca foi um grande leitor de Sade, mas partilhava com ele, sem o saber, a idéia segundo a qual a existência humana caracteriza-se menos por uma aspiração ao bem e à virtude que pela busca de um permanente gozo do mal: pulsão de morte, desejo de crueldade, amor ao ódio, aspiração ao infortúnio e ao sofrimento. Pensador do iluminismo sombrio, e não do anti-Iluminismo, Freud reabilitou a idéia segundo a qual a perversão é necessária à civilização enquanto parte maldita das sociedades e parte obscura de nós mesmos. Porém, em vez de enraizar o mal na ordem natural do mundo e de fazer da animalidade do homem sinal de uma inferioridade insuperável, preferiu sustentar que apenas o acesso à cultura permite arrancar a humanidade de sua própria pulsão de destruição. "Os pensadores sombrios", escreverá Theodor Adorno:

que não desistem da idéia da inafiançavel malignidade da natureza humana e que proclamam com pessimismo a necessidade da autoridade - Freud nesse aspecto situa-se ao lado de Hobbes, Mandeville e Sade - não podem ser escorraçados com uma bofetada. Em seu próprio meio, nunca foram bem-vindos.

A pulsão destruidora, dizia Freud, é a condição primordial de toda sublimação, uma vez que a característica do homem - se é que esta existe - não é senão a aliança, no próprio homem, da mais poderosa barbárie e do grau mais elevado de civilização, uma espécie de passagem da natureza à cultura. "Podemos considerar", escreve Marie Bonaparte em 1937, "a pulsão de exploração, a curiosidade intelectural, como uma sublimação completa do instinto agressivo ou destruidor".
Nunca é o bastante insistir de que Freud foi o único cientista de sua época - depois de muitas divagações - a deixar de ver no trio infernal do homossexual, da histérica e da criança masturbadora a encarnação da noção de perversão reduzida à inépcia. E assim como deixou de querer domesticar a perversão ao atribuir seus pretensos estigmas a personagens excluídos da procriação, da mesma forma abandonou as classificações oriundas da sexologia, rompendo, por conseguinte, com o princípio de uma descrição voyeurista - isto é, perversa - das perversões sexuais. Substituiu esse dispositivo por uma conceitualização do mecanismo psíquico da perversão, assumindo todavia o risco de desprezar a longa ladainha das confissões oferecidas à medicina mental pelo povo dos perversos.

Da mesma forma, conferiu uma dimensão essencialmente humana à estrutura perversa - gozo do mal, erotização do ódio, e não tara, degenerescência ou anomalia-, para fazer dela, no plano clínico, o produto de uma dimensão polimorfa herdade seja de um culto sexual primitivo, seja do desenvolvimento de uma sexualidade infantil sem rédeas, seja de uma renegação radical da diferença anatômica dos sexos. "As perversões, cujo negativo é a histeria, devem ser consideradas vestígios de um culto sexual primitivo, que foi inclusive, no Oriente semítico, uma religião". Escreve ainda: "Estamos agora em condições de concluir que há com efeito algo de inato na base das perversões, mas algo que todos os homens partilham e que, enquanto predisposição, é suscetível de variar em sua intensidade".
Foi dessa forma que Freud introduziu no psiquismo o que poderíamos chamar de um universal da diferença perversa: todo homem é habitado pelo crime, o sexo, a transgressão, a loucura, a negatividade, a paixão, o desvario, a inversão etc. Mas nenhum hhomem pode estar determinado, em vida e previamente, por um destino que o torne inapto a qualquer superação de si.
(...) Em resumo, diremos que, até Freud, as perversões sexuais eram vistas, no dicurso da medicina positivista, como desvios sem retorno em relação a uma norma. (...). Com Freud, ao contrário, a dimensão perversa foi concebida como uma passagem obrigatória para a normalidade: uma normalidade de contornos difusos, cada sujeito podendo então definir-se como um ex-perverso que se tornou normal, após ter integrado, como interditos importantes, os princípios da Lei. (...) Ao mostrar que a disposição perversa é a característica do homem, que todo sujeito a carrega em si potencialmente - e que assim a patologia esclarece a norma-, Freud afirmava também que o único limite ao desenvolvimento abjeto da perversão só pode advir de uma sublimação encarnada pelos valores do amor, da educação, da Lei e da civilização.
(...) ao contrário da medicina mental que buscava, mediante a dessacralização, circunscrever, controlar ou erradicar as perversões, Freud reportava a perversão a uma categoria antropológica da própria humanidade.

(In: A parte obscura de nós mesmos - Uma história dos perversos. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. p.99-104).

quarta-feira, 30 de março de 2011

O que estrutura o desejo - Jacques Lacan


O desejo é aquilo que se manifesta no intervalo cavado pela demanda aquém dela mesma, na medida em que o sujeito, articulando a cadeia significante, traz à luz a falta-a-ser com o apelo de receber seu complemento do Outro, se o Outro, lugar da fala, é também o lugar dessa falta.
O que é assim dado ao Outro preencher, e que é propriamente o que ele não tem, pois é propriamente o que ele não tem, pois também nele o ser falta, é aquilo a que se chama amor, mas também o ódio e a ignorância.
É também isso, paixões do ser, o que toda demanda evoca para-além da necessidade que nela se articula, e é disso mesmo que o sujeito fica mais propriamente privado quanto mais a necessidade articulada na demanda é satisfeita.
Mais ainda, a satisfação da necessidade só aparece aí como o engodo  em que a demanda de amor é esmagada, remetendo o sujeito ao sono em que ele frequenta os limbos do ser, deixando que este fale nele. Pois o ser da linguagem é o não ser dos objetos, e o fato de o desejo ter sido descoberto por Freud, em seu lugar no sonho, desde sempre o escândalo de todos os esforços do pensamento de se situar na realidade, basta para nos instruir.
Ser ou não ser, dormir, sonhar, talvez, os pretensos sonhos mais simples da criança ("simples" como a situação analítica, sem dúvida) mostram, simplesmente, objetos miraculosos ou interditos.
Mas a criança nem sempre adormece assim no seio do ser, sobretudo quando o Outro, que também tem suas idéias sobre as necessidades dela, se intromete nisso e, no lugar daquilo que ele não tem, empanturra-a com a papinha sufocante daquilo que ele tem, ou seja, confunde seus cuidados com o dom de seu amor.
É a criança alimentada com mais amor que recusa o alimento e usa sua recusa como um desejo (anorexia mental).
(...)
Com efeito, um dos princípios decorrentes dessas premissas é que:
 - se o desejo efetivamente está no sujeito pela condição, que lhe é imposta pela existência do discurso, de que ele faça sua necessidade passar pelos desfilamentos do significante; e
-se, por outro lado, como demos a entender anteriormente, abrindo a dialética da transferência, é preciso fundar a noção do Outro com maiúscula como sendo o lugar de manifestação da fala (a outra cena, eine andere Schauplatz, de que fala Freud na Traumdeutung).
- deve-se afirmar que, obra de um animal presa da linguagem, o desejo do homem é o desejo do Outro.
Cenas do filme Hamlet, anos 40
(...) O desejo se produz no para-além da demanda, na medida em que, ao articuclar a vida do sujeito com suas condições, ela desbasta ali a necessidade, mas também ele se cava em seu para-aquém, visto que, como demanda incondicional da presença e da ausência, ela evoca a falta-a-ser sob as três figuras do nada que constitui a base da demanda de amor, do ódio que vem negar o ser do outro e do indizível daquilo que é ignorado em seu pleito.
(A direção o tratamento e os princípios de seu poder.In; Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998 [1966]. p.633-5).

terça-feira, 29 de março de 2011

A montanha mágica - Thomas Mann (trecho)

Baco & Ariadne

Assim falou Hans Castorp:
"Só o amor, e não a razão, é mais forte do que a morte".
*
"A guerra é a saída covarde para os problemas da paz".
*
"O interesse pela doença e pela morte é apenas outra expressão do interesse pela vida".

Thomas Mann



segunda-feira, 28 de março de 2011

O verdadeiro amor - Casanova

"O verdadeiro amor é aquele que nasce depois do êxtase".

Luxúria de estar vivo - Clarice Lispector


"A luxúria de estar vivo me espantava, na minha insônia sem eu entender que a noite do mundo e a noite do viver são tão doces que até se dorme. Que até se dorme, meu Deus".
(In: A descoberta do mundo. Rio de Janeiro, 1984).

Quando chorar - Clarice Lispector


"...nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respeitar a nossa fraqueza. Então, são lágrimas suaves, de uma tristeza legítima à qual temos direito. Elas correm devagar e quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado, límpido, produto de nossa dor mais profunda.
Homem chorar comove. Ele, o lutador, reconheceu sua luta às vezes inútil. Respeito muito o homem que chora. Eu já vi homem chorar".
(In: A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. p.50)
Quadros de Edward Munch

domingo, 27 de março de 2011

Aprile - Nanni Moretti


Um filme fascinante daquele que, junto a Vittorio de Sica e Bertolucci, está entre meus diretores italianos favoritos.
A história de um homem inteligente e sensível, comum, mas que ao contrário de outros, tem uma crítica da situação sócio-política de seu país, e não vive à sombra da grande maioria silenciosa (ops, acho que plagiei o título de um livro, foi sem querer).
Ele não sabe muito bem que rumo a História irá tomar, mas não permite que o cotidiano esmague a beleza de seus dias, e nem sente vergonha de sua angústia. Pelo contrário, muito pelo contrário.
"É inútil tentar não errar. Vão errar muitas vezes.
O importante é perceber".

sábado, 26 de março de 2011

Igual a tudo na vida - Woody Allen

"Há uma velha piada sobre um campeão que entra no ringue.
Ele está sendo massacrado, levando uma sova. Sua mãe está na platéia. Ela o está vendo apanhar no ringue.
Tem um sacerdote ao lado dela e ela lhe diz:
- Padre, padre, reze por ele, reze por ele.
O sacerdote diz:
- Rezarei por ele, mas ajudaria se ele socasse".
"Ao longo da vida, haverá um monte de gente lhe dizendo como viver.
Terão todas as respostas para você. O que deve ou não fazer.
Não discuta com elas. Só diga:
- Sim, é uma idéia brilhante...
E daí, faça o que quiser. E sempre que escrever, tente ser original, mas se tiver que roubar, roube dos melhores".
"- O que disse?
- Só estava dizendo como a vida é estranha. Como é cheia de mistérios inexplicáveis.
- Bom, sabe como é. É igual a tudo na vida.". 

sexta-feira, 25 de março de 2011

Água viva - Clarice Lispector

"A harmonia secreta da desarmonia: quero não o que está feito mas o que tottuosamente ainda se faz. Minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio".
*
"O dia parece a pele esticada e lisa de uma fruta que numa pequena catástrofe os dentes rompem, o seu caldo escorre. Tenho medo do domingo maldito que me liquidifica".
*
"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada".
*
"O que mais me emociona é que o que não vejo contudo existe. Porque então tenho aos meus pés todo um mundo desconhecido que existe pleno e cheio de rica saliva. A verdade está em alguma parte: mas inútil pensar. Não a descobrirei e no entanto vivo dela".
*
"Criar a si próprio um ser é muito grave. Estou me criando. E andar na escuridão completa à procura de nós mesmos é o que fazemos. Dói. Mas é dor de parto: nasce uma coisa que é. É-se. É duro como uma pedra viva".
*
"De novo estou de amor alegre. O que és eu respiro depressa sorvendo o teu halo de maravilha antes que se finde no evaporado o ar. Minha fresca vontade de viver-me e de viver-te é a tessitura mesma da vida? A natureza dos seres e das coisas - é Deus? Talvez então se eu pedir muito à natureza, eu paro de morrer? Posso violentar a morte e abrir-lhe uma fresta para a vida?"
*
"Ao amanhecer eu penso que nós somos os contemporâneos do dia seguinte: que o Deus me ajude. Estou perdida.  Preciso terrivelmente de você. Nós temos que ser dois. Para que o trigo fique alto.".
Livro disponível para download:


segunda-feira, 21 de março de 2011

Diálogos do impossível - Lispector & Lacan

" Não gosto é quando pingam limão nas minhas profundezas e fazem com que eu me contorça toda. Os fatos são o limão na ostra? Será que a ostra dorme?".
(In: Água viva. São Paulo: Círculo do livro, 1973).
*
"Mas, quem teria a crueldade de interrogar aquele que se verga sob o fardo da bagagem, quando seu porte leva claramente a supor que ela está cheia de tijolos? No entanto, o ser é o ser, seja quem for que o invoque, e temos o direito de perguntar o que ele vem fazer aqui."
(A direção do tratamento e os princípios de seu poder. In: Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998 [1966]. p.593)

sábado, 19 de março de 2011

Frankie & Johnny

"Estou assustado. Tenho medo que fuja para esse lugar onde vive se escondendo e ninguém a encontra. É por isso que sou tão insistente".

"- Por que já pensou em se matar?
- Penso em me matar quando acho que sou a única pessoa no mundo inteiro. E essa parte de mim se sente presa a este corpo que apenas tropeça em outros corpos, sem nunca ter contato com a unica outra pessoa no mundo dentro dele. Precisamos de contato. Apenas temos que."
"Estou cansada. Estou tão cansada de ter medo".
*
"Acho que já éramos um casal antes mesmo de nos conhecermos"

Foucault fala de Lacan

"Ser psicanalista para Lacan supunha um ruptura violenta com tudo o que tendia a fazer depender a Psicanálise da Psiquiatria, ou fazer dela um capítulo sofisticado da Psicologia. Ele queria subtrair a Psicanálise da proximidade da Medicina e das instituições médicas, que considerava perigosas. Ele buscava na Psicanálise não um processo de normatização dos comportamentos, mas uma teoria do sujeito".
(In:  Entrevista de Foucault ao jornal Corriere della Sera, em 11/09/81, após a morte de Lacan)

A dimensão da interpretação - Lacan

"Mas a idéia de que a superfície seja o nível do superficial é perigosa em si mesma.
Outra topologia é necessária para não haver engano quanto ao lugar do desejo.
Apagar o desejo do mapa, quando ele já está recoberto na paisagem do paciente, não é o melhor seguimento a dar à lição de Freud.
Nem o meio de acabar com profundidade, pois é na superfície que ela é visível como herpes em dia de festa a florescer no rosto".
(A direção do tratamento e os princípios de seu poder (1958). In: Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998 [1966], p.608).

sexta-feira, 18 de março de 2011

Cinema & Psicanálise - Enrolados (Disney)

Ao assistir "Enrolados", o mais recente longa de animação dos estúdios Disney (releitura do clássico conto Rapunzel). torna-se possível articular diversos conceitos chave da Psicanálise, o que ratifica a estreita proximidade deste saber com o cinema, tal como em outras modalidades de arte.
Freud já havia abordado sobre a verdade do sujeito que a Arte antevém - o que mantém a Psicanálise em seu encalço; Lacan reafirmou e ampliou tal abordagem.
Atenhamo-nos, entrementes, a um breve esboço da história: tendo sido enclausurada no alto de uma torre, Rapunzel está prestes a completar dezoito anos sem nunca ter tido contato com o ambiente externo; a razão do aprisionamento se encontra nos poderes mágicos do cabelo da garota, que quando despertados por específica canção, são capazes de curar qualquer doença, cicatrizar feridas e, o que mais interessa à bruxa má que se faz passar por mãe, retrocede o efeito do tempo sobre o corpo, preservando a juventude.
Argumentando que o mundo é repleto de perigos e que por conta de sua fragilidade Rapunzel jamais sobreviveria fora da torre, a "mãe" usufrui da prisão da filha para manter-se jovem, impedindo que a garota viva plenamente, e a esta só resta entregar-se à leitura, pintura, bordados... enfim, todo tipo de atividade pelas quais tenta em vão preencher o vazio.
A sorte de Rapunzel muda quando por acaso Eugene, para fugir de ladrões, escala a torre em que ela vive; passado o estranhamento do primeiro contato os dois estabelecerão um acordo: em troca de uma jóia preciosa que está no poder de Rapunzel Eugene a levará para explorar o mundo. Durante a travessia dá-se então um encontro simbólico, marcado pela diferença que reafirma a falta ao invés de tamponá-la; o rapaz, graças a Rapunzel, legitima-se como homem, e é claro, faz dela Mulher.
A constituição do sujeito, mãe devoradora, atravessamento do complexo de Édipo feminino, posição feminina e masculina, a significação do falo, o encontro amoroso (faltoso)....é um pouco do muito que se pode contextualizar da Psicanálise em Enrolados, que também evoca questões mitológicas que não caberiam em breves linhas. Um longa que, diga-se de passagem, está longe de entreter unicamente às crianças...

"- Não pude deixar de notar, você parece estar em guerra consigo mesma.
- Sério?
- É compreensível. Mãe protetora, uma viagem proibida, é algo complicado. Mas deixe-me acalmar sua consciência. Isto faz parte de crescer. Um pouco  de rebelião e aventura. É bom. Até saudável.
- Você acha?
- Eu sei. Está se estressando à toa. Será que a sua mãe merece isso? Não. Será que partirá e esmagará a alma dela? Claro. Mas você tem de fazê-lo.
- Partir o coração?´
- É possível.
- Esmagar a alma dela?
- Como uma uva.
- Ela ficaria de coração partido, você tem toda razão.
- Provavelmente. Tudo bem...ou não..."
(trecho do filme)

Trailer do filme (legendado):

Canção original do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=7_WMV1o9TkE

quinta-feira, 17 de março de 2011

Revista Cult » Estética e descentramento do sujeito

Lacan & Dali
Quando jovem, Lacan freqüenta os surrealistas e chega a ser médico pessoal de Picasso. Sua tese de doutorado traz um diálogo com idéias de Salvador Dali, e obtém maior reconhecimento no meio artístico do que no psiquiátrico e psicanalítico de então. A historiadora e psicanalista Elisabeth Roudinesco, biógrafa de Lacan, chega a afirmar que ele teria sido influenciado em igual medida pelo freudismo, pela psiquiatria e pelo Surrealismo.


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