"Tudo quanto é belo é tão difícil quanto raro" - Espinosa
Somente quando os limites impostos ao corpo forem sentidos com afetos de tristeza e sua expansão for sentida com afetos de alegria, somente quando a ignorância for experimentada como tristeza e pensar como alegria ou "virtude própria da mente", o combate entre as paixões mudará de curso e das paixões alegres passaremos às ações.
A verdade inicia-se, em nós, como desejo do verdadeiro e, porque nasce no interior dos afetos, Espinosa chamará a forma mais alta do conhecimento de amor intelectual. Reconciliação de nossa alma consigo mesma e com nosso corpo, dele consigo mesmo e com nossa alma e de ambos com a Natureza e a sociedade livre.
Esse amor, que Espinosa chama de liberdade e felicidade, fazendo-nos, seres finitos, participantes do infinito, o filósofo denomina: glória.
(In: Os sentidos da paixão, Org. Adauto Novaes, 2009, 79-82p)
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