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domingo, 29 de agosto de 2010

Soneto XVI - Shakespeare

Quando vejo que tudo quanto cresce
Só é perfeito por um breve instante
E que o palco dos homens se oferece
Aos desígnios dos astros mais distantes

Quando ao céu que ora aplaude
Ora castiga, homem e planta em pleno crescimento
Vêem findar-se a seiva e ainda nova glória
Que tinham cai no esquecimento

A luz de tão instável permanência
Aos meus olhos mais moças te anuncias
Embora juntos tempo e decadência
Queiram transformar-te em noite o claro dia

Então por teu amor o tempo enfrento
E o quanto ele te rouba eu te acrescento.




2 comentários:

  1. Amei essa tradução do XVI Soneto de Shakespeare que você publicou. Pode me informar de quem é a tradução?

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  2. "Que ao homem, como à planta: Esmaga o mesmo céu que lhe deu glória"!

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