"Ela se desescondia dele. Inesperavam-se? (...). Suas duas almas se transformaram? E tudo à razão do ser (...) Amavam-se".
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"A vida é constante, progressivo desconhecimento".
"E, se, para quê? Se ninguém entende ninguém; e ninguém entenderá nada, jamais; esta é a prática verdade".
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"Sem saber o amor, a gente não pode ler romances grandes".
"Acontecia o não-fato, o não-tempo, silêncio em sua imaginação. Só o um-e-outra, um em si juntos, o viver em ponto sem parar, coraçãomente: pensamento, pensamor. Alvor. Avançavam, parados, dentro da luz, como se fosse no dia de todos os pássaros".
"O medo é a extrema ignorância em momento muito agudo".
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"A gente devia poder parar de estar tão acordado, quando precisasse, e adormecer seguro".
"E vindo o outro dia, no-não-estar-mais-dormindo e não-estar-ainda-acordado..."
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"A gente nunca podia apreciar direito, mesmo as coisas bonitas ou boas, que aconteciam. Ás vezes, porque sobrevinham depressa e inesperadamente, a gente nem estando arrumado. Ou esperadas, e então não tinham gosto de tão boas, eram só um arremedado grosseiro. Ou porque as outras coisas, as ruins, prosseguiam também, de um lado e de outro, não deixando limpo lugar. Ou porque faltavam ainda outras coisas, acontecidas em diferentes ocasiões, mas que careciam de formar junto com aquelas, para o completo".
(Imagens do filme Caminhando nas Nuvens)
Primeiras Estórias p/ download: http://www.mediafire.com/?nttjy1gy3m3
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