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sexta-feira, 4 de março de 2011

O profeta - Khalil Gibran (trecho)

O amor não possui nem é possuído;
Pois o amor é suficiente ao amor.
Quando vós amaos, não deveis dizer: "Deus está no meu coração", mas sim "Estou no coração de Deus".
E não pensai que podeis drigir o curso do amor, pois o amor, se achar que mereceis, dirige o vosso curso.
O amor não tem outro desejo além de satisfazer a si mesmo.
Mas, se vós amais e precisais ter desejos, que sejam estes os vossos desejos:
Derreter e ser como um riacho que corre e canta sua melodia paa a noite.
Conhecer a dor do carinho demasiado.
Ser ferido pela vossa própria compreensão do amor;
E sangrar por vossa própria vontade e com alegria.
Acordar ao amanhecer com o coração leve e agradecer por mais um dia de amor;
Descansar ao meio-dia e meditar sobre o êxtase do amor;
Voltar para casa ao entardecer com gratidão;
E então dormir com uma prece ao bem-amado em vosso coração e uma canção de louvor em vossos lábios.
(...)
Amai um ao outro, mas não façais uma ligação de amor:
Deixai que seja como um mar em movimento entre as praias de vossas almas.
Enchei o cálice um do outro, mas não bebei do cálice do outro.
(...)
Cantai e dançai juntos e sejais alegres, mas deixai que cada um fique sozinho,
Assim como as cordas de uma lira são sozinhas, apesar de vibrarem com a mesma música.
Dai vossos corações, mas não para que o outro os guarde.
Pois apenas a mão da Vida pode conter vossos corações.
E ficai juntos, mas não juntos demais:
Pois os pilares do templo ficam separados,
E o carvalho e o cipreste não crescem na sombra um do outro.
(...)

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