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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

De Hannah para Heidegger



"Caro Martin,
Dirijo-me a você com a antiga certeza e com o velho pedido: não se esqueça de mim e não esqueça o quão profundamente sei que o nosso amor foi a bênção da minha vida. Nada é capaz de abalar esse saber – e isso mesmo agora, no momento em que encontrei uma pátria e um porto seguro para o meu desespero (...) Escuto às vezes algo sobre você. No entanto, tudo envolto em um tom particularmente estranho e indireto: no tom que sempre está presente na elocução dos nomes famosos. De um modo quase torturante, gostaria tanto de saber como você está, em que está trabalhando e como Freiburg o está recebendo!
Um beijo meu em sua fronte e em seus olhos.
Sua Hannah"
Trecho de carta de 1929
  
(In: Estranho amor. Matéria da revista Veja de 13/12/00. Disponível em: http://veja.abril.com.br/131200/p_230.html)

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