"O que vemos só vive - em nossos olhos pelo que nos olha. Inelutável porém é a cisão que separa dentro de nós o que vemos daquilo que nos olha. Seria preciso assim partir de novo desse paradoxo em que o ato de ver só se manifesta ao abrir-s...
e em dois. Inelutável paradoxo - Joyce disse (...) num famoso parágrafo do capítulo em que se abre a trama gigantesca de Ulisses:
"Inelutável modalidade do vísivel; pelo menos isso se não mais, pensado através dos meus olhos. Assinatura de todas as coisas estou para ler (...). Limite do diáfano em. Por que em? Diáfano, adiáfano. Se se pode por os cinco dedos através, é porque é uma grade, se não uma porta. Fecha os olhos e vê".
Eis portanto proferido, trabalhado na língua, o que imporia a nossos olhares a inelutável modalidade do visível: inelutável e paradoxal, paradoxal porque inelutável".
Eis portanto proferido, trabalhado na língua, o que imporia a nossos olhares a inelutável modalidade do visível: inelutável e paradoxal, paradoxal porque inelutável".
(In: Didi-Huberman. O que vemos, o que nos olha. São Paulo: Editora 34, p.29).
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