O que adoro em ti não são teus olhos
Teus lindos olhos de mistério
Por cujo brilho os homens deixaram
Da Terra inteira o mais soberbo império.
O que adoro em ti não são teus lábios
Onde perpétua juventude mora
E encerram mais perfumes que os vales
Por entre as pompas festivais d´aurora.
O que adoro em ti não é teu rosto
Perante o qual o mármore descorara
E ao contemplar a esplêndida harmonia
Fidias o mestre seu cinzel quebrara.
O que adoro em ti, ouve, é tu´alma
Pura como o sorrir de uma criança
Os carinhos ingênuos de teus olhos
Onde celestes gozos transparecem!...
Um não sei quê de grande, imaculado,
Que faz-me estremecer quando tu falas,
E eleva-me a pensar além dos mundos
Quando abaixando tuas pálpebras te calas.
Imagens: filme "Diário de uma paixão".
Nenhum comentário:
Postar um comentário